Leitura rápida: Sim. Os espaços estimulam comportamentos, provocam reações e sensações. Ao fazer um levantamento das necessidades das organizações, propomos testar novas formas de trabalhar e de utilizar os espaços para potenciar a produtividade das organizações. Isto é o Spaces Between Us.
Assim que entramos num novo espaço, iniciamos um processo de reconhecimento: o nosso cérebro procura referências que nos ajudam a definir que comportamentos devemos adoptar. Se uma sala de trabalho tem sofás, almofadas e mesa de matraquilhos, sabemos que o comportamento que esperam de nós é diferente de quando entramos num escritório dividido em cubículos individuais.
Este processo de reconhecimento do espaço deve acontecer sem esforço e inconscientemente. Deve acontecer sem recurso a legendas, sem avisos e sem que nos digam como agir.
Os espaços devem ser fáceis de ler.
Por exemplo, espaços que são desenhados para trabalho colaborativo não devem transmitir a mensagem de que são zonas silenciosas, apesar de poderem ser espaços calmos. Esta é uma relação de causa-efeito: os espaços são a causa que exerce efeito no nosso comportamento. Mas esta relação de causa-efeito não é proporcional. Ou seja, não é necessariamente através de grandes mudanças nos espaços que há um grande impacto na mudança de comportamentos. Ideias simples podem provocar mudanças poderosas, com um impacto positivo dentro das organizações.
Quando desenhamos um espaço é necessário, por um lado, definir que atividades e comportamentos é que a organização deseja promover e, por outro, identificar as necessidades e expectativas dos colaboradores, para que o efeito final seja o desejado.
Mas os espaços, além de serem lugares que promovem comportamentos, estimulam emoções. Quando desenhamos um espaço, temos atenção à forma como as colaboradoras e colaboradores se devem sentir. Por exemplo, quando queremos promover trabalho colaborativo, a sensação deve ser de segurança.
Por isso devemos fazer um levantamento das necessidades, motivações e percepções das colaboradoras e colaboradores, bem como das atividades e comportamentos que a organização deseja promover. Desta forma conseguimos desenhar e projetar espaços que favorecem a produtividade e o bem-estar.
De que é que as pessoas precisam para serem mais produtivos? Com base em estudos, sabemos que em média as pessoas querem manter-se em teletrabalho durante 2 ou 3 dias por semana. Porque é que preferem este modelo híbrido? Se conseguirmos responder a esta questão, conseguimos gerar soluções para que os atuais espaços de trabalho respondam às suas necessidades.
Depois de dois anos em que o teletrabalho foi permanente, as organizações devem trabalhar em conjunto com as suas equipas para criar condições que promovam o bem-estar físico e mental dentro dos “novos” espaços de trabalho.
É isto que o Spaces Between Us propõe: testar novas formas de trabalhar e de utilizar os espaços para potenciar a produtividade das organizações. Acreditamos que o modelo certo a implementar é aquele que tem em conta as expectativas da organização para o futuro dos seus espaços de trabalho bem como as expectativas dos seus colaboradores.
No entanto, conhecer e gerir expectativas é um desafio.