Leitura rápida: o estilo open office e hot desking não é adequado a todas as organizações. A descentralização da sede é uma boa aposta para algumas organizações, mas a impossibilidade de criar novos espaços de sede faz-nos pensar em formas de melhorar os espaços de trabalho já existentes. Estes espaços podem passar a ser pontos de referência, altamente eficientes, menos hierarquizados, abertos e partilhados, participativos, ergonómicos e saudáveis, claros e acessíveis, comunitários, variáveis e flexíveis.
A mudança acelera a tomada de decisão. É por isso que esta é uma boa altura para testarmos novas formas de trabalhar dentro das organizações! Estamos mais predispostos a testar soluções que melhorem o nosso dia a dia quando estamos fora da nossa zona de conforto. Apesar da TOYNO responder rapidamente à mudança, isso não significa que não a planeamos. Portanto preparamos os espaços e pensamos em novas maneiras de trabalhar, flexíveis e intuitivas, para que os colaboradores se possam adaptar de forma fácil.
Nos últimos anos houve a propensão para criar sedes amplas que juntavam todas as pessoas num único espaço, seguindo a tendência de organizações como a Apple. Este movimento de centralização pretendia diminuir a distância entre as equipas, unificar a cultura da organização e horizontalizar hierarquias entre colaboradores. Projetaram-se espaços mais abertos e flexíveis, no estilo open office e hot desking, que promovessem a partilha de ideias entre as pessoas. A crescente preocupação com o bem-estar traduziu-se na criação de espaços sociais e de lazer que começaram a ocupar áreas maiores dentro das sedes.
Com a implementação do teletrabalho obrigatório durante a pandemia e agora oferecido como mais-valia numa organização, a descentralização e horizontalidade entre as equipas foi natural. O espaço de trabalho condensou-se nos computadores de cada colaborador e as sedes ficaram vazias e consequentemente desadaptadas à nova forma de trabalhar.
Mas a vontade de socializar e de trabalhar em equipa não desapareceu, apesar de uma grande quantidade de pessoas preferir trabalhar fora do escritório. Por isso é preciso que os espaços de trabalho ofereçam recursos que superem a comodidade do trabalho remoto.
Apesar das vantagens da descentralização, este movimento pode não ser o melhor para muitas organizações.
Por isso propomos uma solução geral para melhores espaços de trabalho, que devem ser:
- Pontos de referência: espaços que justificam a deslocação por oferecerem significativamente mais recursos, equipamentos, serviços ou recursos humanos. Passam a ser entendidos como pólos de socialização para convívio e/ou para trabalho colaborativo.
- Altamente eficientes: espaços que tenham em conta eficiência energética, políticas de sustentabilidade ambiental e de gestão do espaço, segurança e bem-estar de quem trabalha na organização. Também devem estar preparados para acolher múltiplas atividades
- Menos hierarquizados: Espaços que podem ser partilhados por todas as pessoas de forma segura e que promovem a interação entre quem trabalha em equipa através da socialização e do trabalho colaborativo. Os novos espaços de trabalho devem promover menos barreiras físicas e psicológicas para facilitar a comunicação entre quem os utiliza.
- Abertos e partilhados: Espaços mais abertos a parcerias e à comunidade através de programação, oferta de espaços e serviços partilhados.
- Participativos: Espaços abertos, que promovam a intervenção dos utilizadores e que se transformem para responder de forma rápida às suas necessidades. Estes espaços promovem comportamentos de partilha e colaboração.
- Ergonómicos e saudáveis: espaços que têm como principal objetivo aumentar o conforto, a saúde e a segurança. Com um design holístico que considere quem os utiliza, as tarefas, o contexto cultural da organização e a configuração do espaço.
- Claros e acessíveis: Espaços que sejam fisica e cognitivamente acessíveis aos seus utilizadores. Desta forma são espaços fáceis de usar e entender, que comunicam um conjunto de regras claras de utilização sem recurso a legendas ou avisos.
- Comunitários: Espaços que promovem relações de trabalho e de companheirismo dentro e entre equipas através da criação de experiências e atividades colaborativas.
- Variáveis e flexíveis: Espaços capazes de acomodar diferentes tipos de atividades e utilizadores, em que a pessoa pode escolher onde e como quer trabalhar.