Olá!

Somos a TOYNO!

Projetamos espaços e experiências para pessoas.

Acreditamos que espaços são organismos vivos que
promovem a partilha, a colaboração e a participação.

Criamos espaços a partir do que importa.

Um espaço onde até… podemos trabalhar

Mai 23, 2023

Quando testámos diferentes arquétipos de espaços de trabalho, quisemos:

  • Avaliar se a organização de espaços por níveis de energia (alto, neutro e baixo) tinha impacto na escolha que os participantes faziam dos espaços.
  • Avaliar havia diferença na escolha do espaço quando as atividades são em grupo ou individuais
  • Entender como diferentes atividades alteram a nossa percepção e escolha do espaço ideal para as realizar.

Verificámos que é importante criar espaços capazes de acomodar diferentes atividades e diferentes colaboradores, todos com emoções distintas. Para promover a autonomia do colaborador na escolha de espaços adequados ao seu estado de espírito e tarefa, os espaços não têm obrigatoriamente de comunicar as atividades que ali podem acontecer. O que os espaços devem comunicar é o que ali pode ser encontrado. Por exemplo, níveis de barulho, número de utilizadores, serviços e equipamentos disponíveis, possibilidade de adaptação às tarefas e modo de estar geral.

Concluímos que nos sentimos bem num espaço quando o reconhecemos como nosso. Para que isso aconteça, o espaço tem que responder às nossas expectativas e suprir as nossas necessidades. Isto não significa que os espaços tenham que ser neutros: pelo contrário, devem ter áreas sensoriais bem delimitadas para que o mood do espaço se misture com as suas emoções. 

Espaços fáceis de entender são aqueles que comunicam um conjunto de regras claras sem recurso a legenda ou avisos.

São espaços que utilizam estratégias sensoriais que permitem a apreensão imediata do ambiente.

Verificámos que, mesmo quando as pessoas têm emoções negativas ou estão sujeitas a momentos mais stressantes mas têm que cumprir um trabalho em equipa, entendem que o melhor a fazer é suprir a sua emoção individual para dar lugar ao melhor estado de espírito para o grupo. Em termos práticos, algumas pessoas com emoções de baixa energia preferiram o espaço que transmitia energia elevada para que o trabalho em equipa fosse potenciado.

A maior parte das pessoas escolheu espaços diferentes consoante o seu estado emocional individual. Mas nem todas aquelas com estados de espírito positivos escolheram espaços com alta ou média energia. Do mesmo modo, nem todas as pessoas com estados de espírito negativos escolheram espaços com luz diminuída. Houve também quem preferisse manter-se sempre no mesmo espaço, independentemente do tipo de atividade que tinham para cumprir ou do seu estado de espírito. Essas pessoas defenderam a sua escolha, dizendo que a adaptação a espaços novos e ainda desconhecidos pode levar tempo e ser um dispêndio desnecessário de energia. Aí concluímos que o espaço deve ser de fácil adaptação e rápida apropriação. Isto significa que os materiais devem estar todos à vista e a pessoa não deve demorar mais que uns segundos a apreender todo o local e as suas potencialidades.

A escolha do espaço de trabalho varia ao longo do dia, mas durante o workshop não houve nenhum grupo em que todas as pessoas escolhessem o mesmo espaço em simultâneo, o que comprova que a escolha do espaço de trabalho ideal está dependente do estado emocional dos colaboradores, bem como das tarefas que têm para desempenhar.

Significa que se todos os colaboradores estiverem a trabalhar no mesmo espaço de trabalho em simultâneo, a probabilidade de não estarem confortáveis e adaptados é elevada. A consequência é a de um trabalho menos produtivo e menos eficiente.